Agora sim, depois de vir de longe, faço meu embalo, minha
clareira,
Nua dançando a verdade no espelho, contemplo minhas existências sem pudores,
Nua dançando a verdade no espelho, contemplo minhas existências sem pudores,
Faço de mim o que bem entender e do fundo deixo escapulir um
riso real.
Estou bem presente, vejo pelos meus olhos, em tudo que era velho se fez novo,
Após longos anos vagando: uma aventura final maior, uma
batalha arrasadora marca agora uma verdadeira guerra interior matando um falso
eu e fazendo nascer o verdadeiro espírito original, fora da carne, fora daqui.
A solitude me fez assim, tal como o velho arvoredo, que não serve ao tempo e nem a dor, contemplativa, sem devaneios, torturas ou retrocedimentos.
Do futuro nada sei, sei apenas da minha simples e bela condição de
existência cravada no cerne.