Preciso permanecer,
estar a qualquer custo,
refém da carcaça humana,
é estar com a ferida viva,
e o pulsar de todos os sentidos.
Encarar os fatos,
agir sempre e tanto,
por mais que seja uma escolha, que seja uma perda!
Basta-me viver sabendo do que não quero mais,
Mesmo que só, mesmo que inteira.
Nunca é perda, eu mais ganho que pago,
Mais pago e mais devo,
Relação financista,
de posse, de poder.
Que mata e sacia os desejos do ego.
Quero mais, muito mais,
Quero ver-me correspondida, e respeitada ao nível de um ser,
que ama e sente como outro qualquer,
que ainda aprecia a educação e os bons costumes,
e que ainda sofre por devaneios.
Sinto o vento,
a face rígida, a pedir uma decisão,
parar para pensar, que estou perto da linha sútil do adeus,
até aonde mais posso dar de mim pra você?
-Eu não posso mais, não quero.